terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Sentirei falta dos abraços. Das brincadeiras fora de hora, dos risos ou melhor, das gargalhadas. Sentirei falta das 'respostas compartilhadas', das músicas cantadas e até dos apelidos. Sentirei falta das pessoas amadas, e até das 'desamadas'. Sentirei falta daquela falta de preocupação e da minha simples vida num pra-sempre-feriado. Tantos sentimentos, tantas experiências... simplesmente passam em instantes. Voce nem dá tanta importância na hora, mas quando acaba...sente saudade. E que saudade... Voce percebe o quanto perdeu tempo com coisas sem importância, brigas tolas e tantas besteiras feitas. Mas no fundo voce sabe que isso faz parte da vida. Essas 'merdas-de-sempre' ajudam muito depois. É claro, que elas só ajudam se voce for uma pessoa inteligente o suficiente pra aprender com elas. Aprender. Mudança. Aprendemos a cada dia. Mudamos a cada dia. Aprendemos coisas boas e também coisas não muito boas. Mudamos pra melhor ou pra pior. Erros. Não existe erros melhores ou piores, bons ou maus. Existem apenas erros. E são esses erros que nos tornam mais humanos. Esses erros que geralmente são cometidos naquela mesma época da mudança e do aprendizado. Na mesma época da saudade. Erros esses que nos tornam pessoas ou 'não-pessoas'. Que definem o caráter. E é nessa época da saudade que nos damos conta do que já fizemos e descobrimos quem somos e o que queremos fazer de verdade.
A fase da saudade é posterior da melhor fase da vida. A fase da liberdade limitada.
A minha liberdade limitada já está quase acabando. Sentirei falta disso.
E sentirei falta dos abraços também. Muita falta.